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Volta ao Alqueva...

Dois dias pelo Baixo Alentejo 

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     O acto de pedalar tem qualquer coisa de mágico, de fantástico. Este sentir o movimento, o nosso corpo a deslocar-se, o vento a  passar pela nossa face, sem barulhos de VRRRUMM's de um motor, proporciona momentos intensos de uma satisfação difícil de explicar. Talvez seja essa a razão que justifica esta ideia de que a bicicleta é uma máquina de fazer sorrisos.

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     Esta satisfação, este prazer, que vem da magia das bicicletas, ainda é mais potenciada quando pedalamos por lugares onde nunca antes tivemos. Aquela estrada, vazia e sem trânsito, ou aquele caminho, ladeado de pedras centenárias, que parecem ter vida própria, chamando-nos e levando-nos para aquele lugar inesperado, onde as paisagens são imponentes. Daquelas que nos sentimos pequenos e imensamente gratos por poder estar vivos e contemplar tamanha beleza.

 

     A bicicleta tem a velocidade certa, nem lenta, nem rápida demais. É mesmo aquela velocidade que dá para olhar, para contemplar e mesmo parar porque simplesmente tem que ser.

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     Foi esta imagem que veio à minha mente quando fui desafiado pelo meu amigo Nuno Alves para pedalar durante dois dias pelo Baixo Alentejo. A ideia, em forma desafio da parte do Nuno era simples, partir de Serpa até Reguengos de Monsaraz, dormir por lá, e depois regressar a Serpa. Sempre por estradas secundárias, com pouco trânsito e com uma boa dose de quilómetros acompanhando a enorme albufeira da barragem do Alqueva, com passagem pela vila histórica de Monsaraz.

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     O que mais uma pessoa podia pedir... dois dias a pedalar por estradas desconhecidas com paisagens encantadoras, que estavam cheias de cor, por ter sido em Fevereiro. E apesar do frio, tivemos sempre bom tempo. Uma noite numa vila bem castiça, com um esplêndido jantar, à boa maneira alentejana, acompanhado por um bom tinto da região, não fosse estarmos em Reguengos, não é verdade? 

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Ver - 2ª etapa
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